Inovação aberta e fechada: Qual a diferença?

Existem diferentes caminhos para desenhar e aplicar estratégias de inovação. Você já deve ter ouvido falar sobre inovação aberta e fechada. Enquanto algumas empresas escolhem abraçar essa causa sem ajuda externa, outras buscam parcerias com outros players de fora.

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Neste artigo, você vai entender de uma vez por todas a diferença entre inovação aberta e fechada - e qual método é o mais indicado para a sua empresa.

O que é inovação fechada?

Inovação fechada é quando um negócio escolhe construir seus projetos de inovação de forma interna. Isso significa usar tecnologia, estruturas e pessoas da casa para criar novas fontes de receita ou modelos de negócio.

Nesse sistema, a empresa conduz sozinha todo o processo inovador: da ideação à chegada no mercado. Por isso, não há trocas com agentes de fora das fronteiras do negócio.

Na maior parte das vezes, as corporações que optam por esse caminho investem pesado na criação de seus próprios centros de pesquisa e desenvolvimento (P&D). Além disso, essas empresas também criam barreiras para proteger da concorrência tudo o que criam em seus laboratórios.

Na prática, isso demanda mais investimento e um controle rígido para o não vazamento de arquivos sigilosos.

Por outro lado, o ganho a longo prazo pode ser expressivo. Além da conquista de uma boa margem competitiva em relação ao mercado. E como a inovação fechada consiste em aproveitar o que há de melhor dentro de casa, uma jogada comum é transformar as ideias internas em novos negócios.

Assim, é possível desafiar o status quo e moldar uma cultura empreendedora dentro da empresa.

O que é inovação aberta?

Inovação aberta é quando uma corporação convida agentes de fora para ajudar em seus projetos. Ou seja, ela olha para startups, universidades, parques de tecnologia e outros players para encontrar onde fazer negócio. Esse conjunto de agentes ficou conhecido como 'ecossistema de inovação'.

Nesse modelo, a empresa divide o foco do processo de inovação e usa recursos internos e externos de forma estratégica. Portanto, em sistemas abertos de inovação, a informação e a tecnologia circulam com maior liberdade entre as fronteiras.

Outra verdade, é que as corporações que adotam essa estratégia são menos protecionistas e possuem uma cultura mais centrada na sinergia. Elas também sabem como é bom estar à frente das mudanças rápidas nas tecnologias e tendências.

Assim como a inovação fechada, há muitas vantagens em praticar a inovação aberta. Se por um lado é possível conduzir projetos de inovação de forma ágil, os riscos também se dividem entre os parceiros.

Além disso, é uma boa maneira de alcançar novos públicos e ingressar em novos mercados. No final, todos saem ganhando com a união de forças entre diferentes agentes - especialmente o cliente final.

Panorama da Inovação Aberta no Brasil

Em primeiro lugar, vale dizer que a Inovação Fechada é um modelo mais tradicional.  Embora ele tenha se comprovado ao longo da história, o novo contexto de integração global e tecnológica abriu as portas para novos cenários.

No Brasil, a inovação aberta vem ganhando espaço entre as grandes empresas. Cada vez mais, as corporações estão olhando para o ecossistema de inovação e procurando sinergias com outros parceiros. Em 2022, o Brasil teve mais de 7 mil empresas 25 mil startups atuando de forma conjunta em projetos de inovação.

Um estudo recente da Deloitte indica que o investimento em inovação no Brasil aumentou em 24% - e que as empresas estão mais adeptas ao mundo da inovação aberta.

Conheça 3 cases notáveis de sucesso em inovação aberta no Brasil:

1) Natura

Você já conhece a Natura como referência em beleza e bem-estar. Mas você sabia que eles possuem uma iniciativa de parceria com startups?

Desde 2014, a Natura vem se unindo com empreendedores para encontrar soluções criativas para os desafios da empresa através do Natura Campus. Esse apoio ocorre através de parcerias, incubação, aceleração ou até mesmo o investimento direto em ventures.

Assim, a Natura não só deixa ainda mais forte o seu posicionamento como uma empresa forte em inovação, mas também contribui para o ecossistema como um todo.

2) Suzano

A Suzano é a maior produtora de celulosa de eucalipto do mundo. Além disso, é uma empresa de tradição: foi fundada há quase 100 anos, em 1924.

Por ser uma empresa tradicional, até pouco tempo adotava um modelo de Inovação Fechada. A partir de 2018, a corporação passou por grandes mudanças de cultura e de mindset para educar toda a força de trabalho sobre a Inovação Aberta.

Em 2019, criaram o programa JOIA (Jornada de Open Innovation Ágil) e passaram a se envolver com parceiros externos para a criar soluções que atendam toda a extensão da cadeia de valor da Suzano.

3) Petrobras

De fato, a imagem da Petrobras pode não remeter a inovação. Mas a verdade é que eles já estão nessa jornada há um bom tempo.

Hoje, eles contam com um programa robusto de Inovação Aberta chamado Conexões para Inovação. Através dele, buscam as melhores soluções para a indústria petroquímica em todos os territórios da inovação: Desde startups, até empresas concorrentes.

Se você quer aprender mais sobre Open Innovation na prática e como navegar pelo ecossistema, conheça o nosso curso e se torne um líder da área.

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