Os 6 maiores desafios para empreendedores no Brasil

O Brasil é a terra dos empreendedores. Mas empreender no Brasil continua sendo uma tarefa árdua. Dados do IBGE indicam que 1 em cada 5 empresas fecha as portas no primeiro ano de operação, enquanto cerca de 40% encerra as atividades até o quinto ano de operação.

Essa realidade é ainda mais dura para quem escolhe se afastar dos modelos de negócio convencionais e fornecer soluções inovadoras ao mercado. Além dos obstáculos comuns a todos os empreendedores, as startups ou ventures podem sofrer com desafios extra.

Os empreendimentos que conseguem superar esses entraves e atingir níveis de escala podem crescer exponencialmente, mesmo em um cenário econômico ruim. Conheça hoje os 6 principais desafios da jornada da construção de negócios inovadores no Brasil.

O que é venture building?

1 – Burocracia e impostos altos

Quando falamos em novos negócios, a burocracia tende a ser a primeira barreira que os empreendedores enfrentam. Para empresas tradicionais, o processo de abertura de um CNPJ é uma etapa natural e não afeta tanto no sucesso a longo prazo.

Mas para startups, o tempo é quase tão valioso quanto o dinheiro. Os recursos são mais escassos e há uma expectativa alta de crescimento rápido. Nesse sentido, a burocracia pode atrasar ou até frear o lançamento de um novo produto ou serviço e aumentar os custos operacionais.

Impostos, por outro lado, deixam um gosto amargo para qualquer empreendedor. Mas para startups em fase inicial, o assunto é ainda mais sensível. Uma carga tributária alta, além de sufocar a operação, também desestimula o apetite dos investidores e dificulta a captação de recursos, colocando em jogo o sucesso da startup.

2 – Validação do produto ou serviço

Toda empresa, independentemente do tamanho ou setor, precisa realizar uma validação de produto ou serviço antes de lançá-lo no mercado. A validação é fundamental para garantir que o produto atenda às necessidades, reduzindo assim os riscos e aumentando as chances de sucesso do negócio.

Para produtos e serviços inovadores, a validação de um produto ou serviço pode ser muito mais complexa. Isso porque muitas vezes, eles trazem algo completamente novo em um mercado já existente ou até mesmo criam um mercado do zero.

Na prática, isso envolve atingir duas condições básicas de existência: o Problem-Solution Fit (PSF), que se refere à capacidade de solucionar um problema ou dor existente, e o Product-Market Fit (PMF), que é a capacidade de atender ao mercado.

Muitos empreendedores têm ideias brilhantes, mas não conseguem solucionar um problema da maneira mais eficiente possível, ou numa etapa adiante, não conseguem inserir sua solução no mercado de forma eficaz. Isso se deve à falta de conhecimento e acesso a métodos para atingir esses resultados.

3 – Identificação do mercado alvo: a armadilha dos empreendedores

Quem é o seu cliente? Para as empresas tradicionais, a resposta geralmente vem fácil. E de fato, ter uma visão clara do mercado alvo é fundamental para desenhar qualquer estratégia de marketing ou produto de sucesso.

Mas para startups, em especial aquelas que estão causando disrupção ou criando novos mercados, encontrar esse público não é uma tarefa fácil. Esse é um dos principais desafios do pioneirismo tecnológico: a baixa adesão do público.

Às vezes, startups conseguem construir soluções incríveis. Mas sem um mercado alvo, há grandes chances de falharem cedo ou tarde. Além disso, é importante analisar esse mercado a fundo e entender qual é o seu tamanho atual, o potencial de crescimento, players e tendências relevantes.

4 – Dificuldade para definir um modelo de negócios

Após a validação do produto ou serviço, muitos empreendedores acreditam que já venceram a corrida e se esquecem de responder uma das perguntas mais importantes: Qual é a melhor maneira de capitalizar sobre essa ideia?

É aí que entra a definição do modelo de negócios, que em linhas gerais é a forma que uma empresa gera receita e lucro. Para empresas tradicionais, os modelos de negócios já são bem conhecidos e estruturados. Mas modelos tradicionais, por si só, dificilmente serão úteis para um negócio inovador.

Sem uma estratégia clara de geração de receita, a startup pode acabar caindo em uma armadilha e desperdiçando recursos valiosos em iniciativas ineficazes. Além disso, pode encontrar grandes dificuldades para captar recursos de investidores, visto que a falta de um modelo de negócios também dificulta a comunicação com o mercado.

Como validar um modelo de negócios

5 – Construção de times empreendedores

Não se engane, pois não é só o produto e o modelo de negócio que importam. As pessoas por trás disso tudo também são determinantes para o sucesso ou fracasso de uma startup. E também é um critério poderoso de análise para investidores, aceleradoras e incubadoras.

Ter uma equipe forte e qualificada é essencial para empresas que desejam o crescimento exponencial. Mas para isso, é necessário também cultivar e investir no crescimento individual dos talentos da casa.

O principal desafio dos empreendedores de risco é encontrar os melhores profissionais em um mercado altamente competitivo. Uma equipe mal selecionada pode causar problemas sérios e pôr em risco a sobrevivência do negócio como um todo.

Para startups, isso se torna especialmente desafiador porque os recursos são mais limitados e os times tendem a ser menores. Portanto, também é necessário encontrar profissionais multidisciplinares que estejam dispostos a atuar em diferentes frentes.

6 – Acesso a informação e metodologias

O principal problema sobre a construção de novas ventures no Brasil é a falta de informações confiáveis sobre o tema. As grandes corporações, venture builders e aceleradoras utilizam de métodos comprovados para construir novos negócios.

Mas por ser um tema relativamente novo, esse conhecimento fica restrito a esses nichos e não é abordado em graduações, pós-graduações e MBAs tradicionais. Além disso, muitas vezes os empreendedores de primeira viagem não têm conexões com pessoas desse universo, o que também dificulta a jornada.

Primeira formação exclusiva para empreendedores de startups

Pensando em preencher esse vácuo, a ACE, maior aceleradora de startups do Brasil, se juntou à Exame para ensinar seus próprios métodos. Dessa parceria nasceu a edtech: Future Dojo (que já conta com mais de 10 mil alunos em pouco mais de 2 anos de história).

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