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Se você voltasse no tempo e entrasse em uma sala de aula dos anos 1970, o que veria?
Agora olhe para uma sala de aula hoje — a diferença é menor do que deveria ser. Fora um projetor no teto e alguns notebooks espalhados, não mudou quase nada.
A verdade é que o mundo mudou, mas a educação ficou para trás. Enquanto bancos, varejo e até o setor de saúde passaram por revoluções tecnológicas, muitas escolas e universidades ainda seguem um modelo de ensino que pouco se alterou nas últimas décadas.
Mas algumas empresas perceberam que esse jogo precisa mudar. E a inovação não começa apenas com tecnologia — ela começa com estratégia.
Se você tivesse que construir uma estratégia de inovação para uma empresa educacional, por onde começaria? O que faria primeiro?
Se eu, Miguel, fosse responsável por inovação em uma empresa de educação hoje, esse seria o meu passo a passo. 👇
Se alguém te entrega um mapa sem marcar o ponto de partida, de que adianta? O mesmo vale para inovação.
Antes de sair investindo em inteligência artificial, é preciso entender o que a empresa já tem e quais são seus gargalos.
📌 Exemplo prático: Flecha Educação
💡 Antes de pensar em grandes inovações, eu começaria usando melhor o que já temos.
O erro de muitas empresas é achar que inovação se faz olhando só para dentro. Na prática, quem "vence" é quem também presta atenção no que acontece lá fora.
Se eu estivesse nessa posição, a segunda coisa que faria seria mapear o que já existe e está dando certo.
Trouxe algumas tendências que estão mudando o jogo na educação:
🔹 Edtechs e Inteligência Artificial: Startups como Century Tech e Squirrel AI já personalizam ensino com IA.
🔹 Microlearning: Plataformas como MasterClass e Udemy ensinam por módulos curtos, direto ao ponto.
🔹 Gamificação: Empresas como Kahoot! fazem do aprendizado uma experiência interativa.
🔹 Realidade Virtual (VR): O Labster usa VR para simulações científicas — imagine aprender química dentro de um laboratório virtual, sem risco de explodir nada!
📌 Exemplo prático: Flecha Educação
💡 O mercado não é um inimigo — ele pode ser um grande laboratório de ideias.
Agora que já sei onde estamos e para onde o mercado está indo, o próximo passo seria transformar tudo isso em uma tese clara de inovação.
Aqui, muita empresa erra porque quer atacar tudo ao mesmo tempo. Mas inovação não é ter 100 ideias novas. É fazer bem algumas poucas coisas que realmente importam.
Uma boa tese responde três perguntas:
📌 Se eu tivesse que definir uma tese para a Flecha Educação, seria algo assim:
"Nos próximos cinco anos, a personalização do aprendizado será essencial para aumentar o engajamento e a retenção dos alunos."
💡 Uma boa tese é objetiva e serve como um filtro para priorizar as melhores ideias e também para justificar investimentos em novas tecnologias.
Toda empresa tem recursos limitados. O segredo não é tentar fazer tudo ao mesmo tempo, mas sim priorizar as iniciativas certas, focar no que realmente traz impacto e pode ser implementado sem levar uma década.
Usaria a Matriz x Impacto para fazer a priorização 👇
✅ Prioridade alta: Projetos de alto impacto e viabilidade, como uso de IA para personalizar recomendações de estudo.
❌ Baixa prioridade: Projetos caros e complexos, como usar Realidade Virtual para todas as disciplinas.
📌 Exemplo prático: Flecha EducaçãoSe eu estivesse liderando essa área, não tentaria reinventar a roda. Ao invés de gastar bastante desenvolvendo IA do zero, começaria com um sistema de aprendizado adaptativo usando os dados que já temos.
💡 Priorizar não significa cortar ideias — significa organizar um plano realista.
Falar que quer inovar nos "próximos anos" não significa nada. Estratégia boa tem que ter prazo e etapas bem definidas.
É preciso ter um equilíbrio entre o que dá para fazer agora, o que deve ser desenvolvido a médio prazo e o que precisa de mais tempo para maturar.E para isso, usaria os três horizontes da inovação:
✅ Digitalizar materiais didáticos para facilitar o acesso.
✅ Melhorar a usabilidade da plataforma online.
✅ Criar uma plataforma para professores acompanharem o desempenho dos alunos.
✅ Implementar IA para recomendações personalizadas de estudo.
✅ Explorar Realidade Virtual (VR) para criar experiências imersivas em ciências e história. (VR permite que alunos interajam com conteúdos educacionais em ambientes tridimensionais, como explorar o Egito Antigo ou simular experimentos de laboratório sem riscos.)
✅ Criar um modelo híbrido de ensino baseado em projetos práticos.
📌 Exemplo prático: Flecha EducaçãoSe eu estivesse à frente disso, eu equilibraria melhorias rápidas (H1), novos produtos (H2) e grandes apostas para o futuro (H3).
💡 Se você só foca no curto prazo, nunca constrói o futuro. Se só pensa no longo prazo, não sobrevive até lá.
Meu plano seria:
✅ Mapear a empresa: Onde estão os gargalos e as oportunidades?
✅ Olhar para o mercado: O que já existe que pode ser aproveitado?
✅ Criar uma tese clara: No que a empresa deve focar?
✅ Priorizar: Escolha as iniciativas certas, sem tentar fazer tudo de uma vez.
✅ Equilibrar curto, médio e longo prazo: A inovação precisa andar em várias frentes.Mas um ponto extremamente importante: estratégia sozinha não muda nada.
Ter um plano brilhante no papel não faz a menor diferença se ninguém coloca em prática.
No fim das contas, o que realmente move uma empresa para frente não é só pensar na inovação — é ter o comprometimento de fazer acontecer.
Se a educação precisa de uma revolução, ela não vai acontecer só porque falamos sobre inovação. Vai acontecer porque alguém vai decidir agir primeiro.
A pergunta é: quem vai liderar essa mudança?
CEO da Future Dojo e Sócio ACE Ventures
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