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Desde o final do ano passado, a Future Dojo vem batendo na tecla dos AI Agents como uma das grandes tendências de 2025.
Nesta terça-feira, durante o evento Mergulhando no Universo dos AI Agents que fizemos com a Quiker, vimos na prática como essa tecnologia já está ajudando empresas a ganhar eficiência e automatizar tarefas de forma inteligente.
Mas percebemos que ainda existe muita confusão sobre o que são, de fato, esses agentes de IA. Não estamos falando de chatbots ou RPA. Estamos falando de sistemas autônomos que aprendem, tomam decisões e interagem com o ambiente de forma adaptativa.
E a verdade é que essa tecnologia já está no nosso dia a dia. O estudo mais recente da Anthropic revelou que 36% das ocupações já usam IA para pelo menos um quarto das tarefas diárias.
Se você ainda acha o conceito de IA abstrato, essa edição da innova pills 💊 é para você.
Como toda tecnologia emergente, a inteligência artificial passou por ciclos bem definidos:
✅ Fase inicial de empolgação (hype);
🤨 Momento de frustração quando expectativas não foram atendidas;
📈 Agora chegamos ao platô de produtividade, onde os agentes de IA começam a ser implementados de forma real e impactante nas empresas.
Esse cenário é confirmado por um estudo da Anthropic: embora a IA ainda não tenha substituído o trabalho humano, ela já se tornou uma ferramenta essencial para aumentar a produtividade. Os profissionais mais beneficiados até agora são desenvolvedores de software, analistas de dados e redatores técnicos, que utilizam IA para acelerar processos e estruturar informações.
Ou seja, a IA não está tirando empregos – ela está potencializando o que já fazemos, tornando as tarefas mais rápidas e eficientes. E os agentes de IA são a evolução natural desse movimento.
Os agentes de IA são muito mais do que um ChatGPT rodando em um fluxo de automação. Eles são sistemas que:
Enquanto ferramentas como ChatGPT e RPA são limitadas a fluxos fixos, os agentes de IA executam tarefas complexas e interagem dinamicamente com dados, sistemas e usuários.
Por exemplo: No evento, João (CEO da Quiker) compartilhou como usou três inteligências artificiais diferentes para criar uma apresentação:
1️⃣ ChatGPT: Gerou um roteiro inicial com base em um briefing de voz.
2️⃣ Gamma: Criou automaticamente os slides com base nesse roteiro.
3️⃣ DALL·E: Produziu elementos visuais personalizados para os slides.
Agora, imagine um agente de IA que fizesse tudo isso sozinho, sem precisar que você fique pulando de uma ferramenta pra outra. É exatamente essa a diferença. Um agente de IA poderia unificar esse processo em um único fluxo, desde a transcrição da reunião até a entrega da apresentação pronta no e-mail do usuário.
Esse tipo de potencialização já está acontecendo no mercado. O estudo da Anthropic também mostrou que, nas profissões que utilizam IA, a tecnologia é usada para estruturar ideias, organizar informações e melhorar a qualidade do trabalho final – exatamente como no exemplo acima.
E esse é só o começo. Empresas que quiserem ganhar ainda mais eficiência operacional e estratégica precisarão ir além das ferramentas isoladas e adotar agentes de IA que conectam processos de ponta a ponta.
Para deixar ainda mais claro, veja esse fluxo:
Esse fluxo é o que diferencia os agentes de IA de qualquer outra ferramenta de automação.
Uma dúvida comum é: qual a diferença entre usar o ChatGPT ou outra IA de mercado, um chatbot/RPA e um agente de IA?
A resposta está na autonomia, aprendizado e capacidade de adaptação.
🔹 Chatbots – São programas que seguem um roteiro fixo e respondem apenas com base em perguntas predefinidas. Eles funcionam bem para suporte básico, mas não aprendem nem tomam decisões. Exemplo: atendimento automatizado em um site.
🔹 RPA (Robotic Process Automation) – Automação de processos repetitivos e estruturados. Um RPA pode, por exemplo, copiar dados de um sistema para outro, mas não toma decisões de forma inteligente.
🔹 Agentes de IA – Aqui é onde a "magia" acontece. Eles analisam dados, tomam decisões e se adaptam conforme o contexto muda.
Essa comparação mostra por que os agentes de IA são tão diferentes e por que representam uma revolução na automação.
Um dos principais diferenciais dos agentes de IA é que eles não só executam comandos, mas também interagem ativamente com o ambiente e os sistemas ao seu redor.
➡ Integração com o ambiente: Os agentes conseguem "perceber" mudanças no contexto e reagir de forma inteligente. Isso significa que, se um agente de IA estiver programado para gerar relatórios financeiros, ele pode identificar variações inesperadas nos números e sugerir análises adicionais, sem precisar que um humano peça.
➡ Integração com sistemas: Os agentes de IA também se diferenciam porque podem se conectar diretamente a CRMs, ERPs, bancos de dados e outras ferramentas corporativas, tomando ações dentro desses sistemas. Enquanto o Chat GPT pode gerar um e-mail de follow-up, um agente de IA pode automaticamente identificar quais leads precisam de follow-up, redigir os e-mails e enviá-los no momento ideal, diretamente pelo CRM da empresa.
Essa capacidade de atuar tanto no nível estratégico quanto no operacional é o que torna os agentes de IA tão poderosos.
Podemos dividir os agentes de IA em duas grandes categorias:
Os dados da Anthropic reforçam essa divisão: O estudo mostrou que apenas 4% das ocupações utilizam IA para mais de 75% das tarefas – ou seja, na maioria dos casos, a IA não substitui o trabalho humano, mas sim o complementa, tornando-o mais eficiente e produtivo.
Isso significa que o verdadeiro impacto da IA está na colaboração entre humanos e tecnologia, onde profissionais usam agentes inteligentes para ampliar suas capacidades, acelerar processos e reduzir erros.
💼 Agente de automação para vendas: Durante uma reunião de diagnóstico, um agente pode transcrever a conversa, gerar automaticamente uma proposta comercial e enviá-la ao cliente em minutos.
📊 Agente de fechamento financeiro: Em vez de revisar manualmente os números do mês, um agente pode analisar o orçamento, identificar discrepâncias e gerar relatórios automaticamente.
🎨 Agente de validação de marketing: O Caíque Amaral, Gerente de Tecnologia para Hyper Automation LATAM, participou do evento e citou o exemplo de um agente que ele criou que verifica automaticamente se materiais gráficos seguem o brandbook da empresa, economizando tempo e garantindo qualidade.
Esses exemplos mostram que os agentes de IA não são apenas uma tendência – eles já estão transformando a forma como as empresas operam, ajudando equipes a trabalhar com mais eficiência e liberando tempo para tarefas mais estratégicas.
Segundo o Gartner, empresas que adotam agentes de IA podem reduzir até 30% dos custos operacionais e melhorar a experiência do cliente por meio de interações mais rápidas e precisas.
A eficiência operacional é só um dos benefícios. Os agentes também trazem:✅ Escalabilidade – Automatizam processos complexos, permitindo crescimento mais rápido.✅ Autonomia – Executam tarefas sozinhos, sem precisar de supervisão constante.✅ Inteligência contextual – Aprendem com os dados da empresa e melhoram ao longo do tempo.
A adoção da IA já não é mais uma questão de se, mas de como. A IA está sendo amplamente utilizada para potencializar o trabalho humano, aumentar a produtividade e reduzir custos operacionais, mas ainda há um longo caminho para explorar todo o seu potencial.
Os agentes de IA representam a próxima evolução, indo além das ferramentas tradicionais ao combinar inteligência com autonomia, integrando-se a sistemas e atuando como verdadeiros colaboradores digitais.
Agora é a hora de refletir:
As empresas que começarem agora sairão na frente. A IA não vai substituir talentos – mas quem souber utilizá-la terá uma vantagem competitiva imensa.
CEO da Future Dojo e Sócio ACE Ventures
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