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A ascensão da Inteligência Artificial está mudando a lógica do trabalho. Se antes a produtividade era o fator mais valorizado, agora a chave para se destacar é a adaptabilidade.
No SXSW 2025, Ian Beacraft trouxe um dado preocupante: 87% das iniciativas de IA falham porque as empresas tentam aplicar métodos antigos a desafios novos. O erro comum é tratar a IA como apenas uma ferramenta de otimização, quando, na realidade, ela representa uma mudança completa na forma como trabalhamos, aprendemos e inovamos.
O futuro do trabalho não pertence a quem sabe mais, mas a quem aprende mais rápido.
Então, como profissionais e empresas podem se preparar para essa nova realidade?
Beacraft trouxe um alerta importante: o ciclo de vida das habilidades está desmoronando.
Antes: No século XX, uma habilidade era útil por 30 anos.
Agora: As habilidades técnicas duram, em média, 2,5 anos antes de se tornarem obsoletas. Em alguns casos, podem durar apenas 6 meses.
Isso significa que profissionais e empresas precisam se tornar máquinas de aprendizado contínuo. Em vez de se especializar em uma única área, será mais valorizado quem souber navegar entre diferentes competências, combinar conhecimentos e se adaptar rapidamente.
Na era da IA, não é apenas a superespecialização que será valiosa. O novo profissional de destaque será um generalista criativo, alguém que consegue transitar entre diferentes áreas e conectar pontos de forma inovadora.
Case: SpaceX e a contratação de solucionadores de problemas
💡 No futuro do trabalho, a vantagem competitiva não estará em quem sabe mais, mas em quem aprende mais rápido. Empresas que fomentam uma cultura de aprendizado contínuo e experimentação constante terão profissionais mais adaptáveis e inovadores. Do outro lado, os profissionais que desenvolvem essa mentalidade — tornando-se solucionadores criativos de problemas — serão os mais valorizados. Sem essa cultura, tanto empresas quanto indivíduos correm o risco de ficar para trás.
A grande falha das empresas ao adotar IA: Elas tentam encaixar a IA em processos antigos, sem repensar o modelo de trabalho.
Ian Beacraft explicou que a maioria das empresas ainda mede o sucesso com base em eficiência e escala, quando deveria estar focada em:
✔ Taxa de descoberta de insights – O quão rápido a empresa aprende?
✔ Tempo de integração de novos conhecimentos – Quão rápido aplicamos algo novo?
✔ Capacidade de adaptação – Estamos preparados para mudanças constantes?
As startups nativas em IA já operam de maneira completamente diferente, com times reduzidos e altíssima produtividade. Algumas empresas conseguem gerar US$ 3,5 milhões de receita por funcionário, graças à automação e inteligência artificial.
Case: Netflix e a cultura de dados e aprendizado contínuo
💡 Não tem como negar: As empresas que ainda operam em estruturas rígidas e burocráticas vão perder espaço para negócios que priorizam aprendizado contínuo e autonomia para tomada de decisões. E aí, a sua empresa ainda está tentando otimizar o passado ou está realmente construindo o futuro?
Por anos, a maior aposta das empresas era no Big Data. Mas Beacraft trouxe um insight poderoso: agora, os Small Data são a grande vantagem competitiva.
O que isso significa: Em um mundo onde os mesmos modelos de IA estão disponíveis para todos, o diferencial está nos dados internos estruturados que só sua empresa possui.
Empresas que organizam bem seus dados internos conseguem criar assistentes de IA personalizados e altamente eficientes, tornando-se mais competitivas.
Case: Tesla e a coleta de Small Data em tempo real
Pontos de atenção para a sua empresa:
🔹 Sua organização está coletando, estruturando e utilizando seus dados internos da melhor forma?
🔹 Como você pode transformar seu conhecimento interno em uma vantagem estratégica?
Se inovação é tão necessária, por que tantas empresas falham ao inovar?
No SXSW 2025, executivos do Duolingo e da Liquid Death trouxeram um ponto essencial: o maior bloqueio para inovação não é a falta de criatividade – é a cultura organizacional.
As principais barreiras que impedem empresas de inovar e testar novas ideias são:
1️⃣ Burocracia e excesso de aprovações – Ideias passam por várias camadas de validação e perdem a essência antes de chegar ao mercado.
2️⃣ Falta de autonomia para os times criativos – Profissionais não têm liberdade para testar hipóteses de forma rápida e eficiente.
3️⃣ Cultura de aversão ao erro – As empresas punem falhas, quando, na verdade, a experimentação e os erros controlados são essenciais para inovação.
4️⃣ Métricas erradas – Muitas empresas ainda medem sucesso por produtividade, quando deveriam medir a velocidade de aprendizado e adaptação.
Mas o que Liquid Death e Duolingo fazem de diferente?
✔ Criam times pequenos e ágeis, com liberdade para tomar decisões.
✔ Testam ideias rapidamente, sem medo de errar.
✔ Contratam especialistas reais – a Liquid Death, por exemplo, contrata comediantes profissionais para criar suas campanhas.
Case: Google X e a cultura de erro como aprendizado
💡 Se você quer que sua empresa seja mais inovadora, a primeira mudança deve ser cultural, não apenas tecnológica.
Se você ainda está esperando o "momento certo" para se adaptar, já está atrasado. O ritmo da inovação não permite mais que empresas e profissionais esperem para agir.
O mercado de trabalho está deixando de valorizar apenas conhecimento técnico fixo e priorizando aprendizado rápido, adaptabilidade e criatividade na resolução de problemas.
O que isso significa na prática?
💡 O "segredo" para se manter relevante é criar um ambiente onde aprendizado contínuo e experimentação sejam incentivados — tanto no nível individual quanto organizacional.
Como vimos, na era da IA, ser apenas um especialista técnico não basta. Empresas estão buscando profissionais que:
E enquanto os profissionais precisam se adaptar individualmente, as empresas também precisam mudar profundamente suas estruturas para garantir que essa adaptação aconteça internamente.
👉 Pergunta para profissionais: Você está investindo no aprendizado contínuo ou ainda acredita que um diploma ou uma única habilidade será suficiente para toda a sua carreira?
👉 Pergunta para empresas e líderes: Sua empresa ainda tenta encaixar novas tecnologias em processos antigos ou está realmente promovendo um ambiente de inovação, aprendizado e adaptação rápida?
O futuro não espera – e ele pertence aos mais adaptáveis.
CEO da Future Dojo e Sócio ACE Ventures
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